A descoberta da sexualidade na infância
Creche-Escola Ladybug | segunda-feira, 18 de agosto de 2014 | Marcadores: masturbação na infância, sexualidade infantil, sexualidade na infância
Divergência entre os pais na educação dos filhos
Creche-Escola Ladybug | quinta-feira, 3 de julho de 2014 | Marcadores: brigas dos pais, brigas na frente das crianças, como educar, divergência na educação dos filhos, educação de filhos, filhos
A tarefa de educar os filhos é marcada principalmente, por duas grandes características, pela sua complexidade e duração no tempo, pois mesmo depois de adultos, os filhos continuam pensados por seus pais como alguém que os preocupa em algum aspecto.
REFERÊNCIAS
Meus pais não se entendem. De Gailewitch, Monica. Em: (http://veja.abril.com.br/090200/p_118.html). acesso em: 25 de junho de 2014.
Wikipédia, a enciclopédia livre. Em:
Meu irmãozinho acabou de nascer! E agora o que vou fazer?
Creche-Escola Ladybug | sexta-feira, 20 de junho de 2014 | Marcadores: a chegada do irmãozinho, ciúmes do bebê, ciúmes do irmão, nascimento do irmão, segundo filho
“Voltou para a mamadeira, não aceita mais nada. Diz a médica pra gente ter paciência, que não é manha. Mas às vezes fico tão enlouquecida que minha maior vontade é de dar uns tapas nele."
O ciúme quando nasce o irmãozinho é o sentimento mais natural do mundo. Com muito jeito, paciência e algumas estratégias é possível superar essa fase e continuar oferecendo segurança e a certeza de seu amor pela criança.
Nos primeiros anos quando pequenos, os filhos geralmente, demonstram comportamentos vulneráveis e dependentes. Eles aprendem a depender dos adultos que os rodeiam e nos primeiros anos concentram-se em maneiras de fazer com que os adultos satisfaçam suas necessidades. Miller (2008) destacou algumas características importantes do pensamento egocêntrico infantil:
As crianças pequenas são egocêntricas. O termo “egocentrismo” não tem a mesma conotação negativa que possui quando se aplica aos adultos, dignificando que a pessoa é egoísta e não tem consideração. Com as crianças pequenas, o egocentrismo é natural e compreensível. Quando chegam ao mundo, elas apenas conhecem suas sensações corporais. Seu mundo se amplia gradualmente para abranger o mundo das pessoas que cuidam delas. Os pequenos ainda não tiveram tempo vivendo no planeta para considerar que outras pessoas possam ter sentimentos independentes dos seus. P. 305.
Portanto, uma vez compreendido os aspectos acima, é possível compreender como o nascimento do irmão menor é fonte de ameaça e insegurança, pois a necessidade de ter as atenções todas voltadas para si é fundamental para elas e torna-se imprescindível, nesse momento.
É importante lembrar que as crianças precisam expressar seus sentimentos, suas frustrações e seus temores, contudo, é mais provável que usem ações em vez de palavras para se expressarem. Pois, ainda não dominam totalmente a linguagem oral.
Portanto, será bem comum apresentarem comportamentos que possam significar retrocessos em relação aos comportamentos já conquistados, tais como: vontade de voltar a usar fralda, chupeta, dormir com os pais entre outros.
O olhar sensível e carinhoso de um adulto confiável pode ter um impacto muito positivo na maneira como as crianças lidam com seus problemas, e talvez essa orientação, seja um dos aspectos mais difíceis para um adulto que normalmente ficará irritado com as variadas manifestações de birra que a criança poderá fazer.
Vale ressaltar, que a expectativa inicial do filho mais velho é que viria mais uma criança que seria a companheira do brincar, porém aparece aquele “pequeno ser” que ainda não interage de forma competente para se fazer presente para o irmão maior, frustrando assim suas esperanças de nova companhia.
E além da incompetência para brincar, ainda por cima rouba a atenção da mãe que precisa cuidar quase que o tempo inteiro dessa nova criatura, que já chega ocupando um grande lugar jamais previsto pelo irmão maior.
É essencial que haja sensibilidade e flexibilidade dos adultos, os elogios aos comportamentos adequados, ajudarão na auto-estima da criança, aumentando a segurança e a certeza de que é amada. A partir de bons exemplos as crianças aprendem bondade, empatia, entendimento e ampliam o vocabulário sobre sentimentos.
Tenha cuidado para não rotular e nem culpar a criança, aumentando assim sua insegurança e mal estar. Lembre-se que as crianças nessa fase não elaboram previamente suas ações no sentido de fazer planos maldosos e armadilhas, elas apenas agem e reagem. A interferência positiva dos adultos fará a grande diferença, pois elas ainda são maleáveis e abertas.
É possível que haja momentos verdadeiramente difíceis e que os adultos sintam-se sobrecarregados, podendo ser um dos fatores que causam esgotamento. Caso isso aconteça tente conversar com outras pessoas mais próximas, ou pedir apoio a escola, quando diversas pessoas olham juntas, podem refletir e talvez produzir mais ideias e estratégias.
Apesar disso, é importante reconhecer que os pais conhecem seus filhos melhor do que qualquer um. São os especialistas naquela criança especifica, portanto, esse pode parecer um momento difícil, mas é passageiro, e poderá apresentar soluções mais rápidas caso os pais empenhem-se em buscar soluções inteligentes e menos emotivas, no calor dos sentimentos nem sempre surgem as melhores soluções. Quando descobrir um método específico para identificar e analisar o problema e trabalhar sistematicamente para resolvê-lo, a sobrecarga diminui.
Nesse momento é necessário dizer para si mesmo “isso é o melhor que posso fazer”, e você tem a certeza que está fazendo uma tentativa sincera de ajudar a criança, por amor e vontade de que ela fique bem.
Tente observar quais são os precedentes que costumam levar a criança a perder o controle, como é a dinâmica familiar, procure explicações para o comportamento dela, tentando se colocar no seu lugar. Então com calma e respeito, ajude a criança a sentir a satisfação de encontrar uma forma melhor de expressar seus sentimentos, tentando alcançar o objetivo de identificar o que está sentindo. É fundamental que pais e filhos aprendam a ser amigos e usem as palavras para resolver seus problemas.
Outro aspecto do pensamento egocêntrico, muito comum é a percepção da criança de que todos os eventos acontecem por causa dela. Uma criança pequena enxerga uma situação a partir de sua perspectiva imediata. Elas têm dificuldades para pensar sobre os eventos que causaram uma situação, ou o que pode acontecer no futuro por causa dela. A compreensão de relações de causa e efeito exige pensamento abstrato e as crianças pequenas ainda estão em um modo muito concreto.
Finalmente, gostaria de terminar esse pequeno texto, trazendo um trecho da pesquisadora e mãe, Siebert (1998) comentando a respeito do que chamou “viagem na infância”. A autora fez um depoimento a respeito do segundo filho que expressa a gratificante experiência materna em relação a essa situação:
É como se a convivência cotidiana com a primeira criança em um embate doce e tenaz ao mesmo tempo – tivesse rachado, roído e enchido de fendas as arquiteturas simbólicas e os materiais do meu universo adulto muito bem feito e, aparentemente, meu Deus, desabar toda a estrutura. Agora estou cansada, no meio dos cacos – mas sinto-me mais viva, menos definida, com uma identidade mais fluida: a criança que existe dentro de mim, graças à cumplicidade com os meus filhos, pôde rebelar-se e invadir as minhas sólidas couraças adultas. P.77
Quis terminar esse texto com esse depoimento para lembrar da imensurável experiência e aventura que é ter filhos, e da importância de ter abertura para o imprevisível constante.
Creio que a relação entre adultos e crianças sofreu várias mudanças e que os estudos a esse respeito têm contribuído para encontrarmos caminhos melhores na construção de relacionamentos mais respeitosos e saudáveis.
REFERÊNCIAS
SIEBERT, Renate. O adulto frente à criança: ao mesmo tempo igual e diferente. In BONDIOLI, Anna. Manual de Educação Infantil: de 0 a 3 anos – uma abordagem reflexiva. Porto Alegre: Artmed, 1998.
MILLER, Karen. Educação Infantil como lidar com situações difíceis. Porto Alegre: Artmed, 2008
Etapas da Aquisição da Fala
10 a 14 meses: primeiras palavras do bebê
18 meses: a fala expressiva possui cerca de dez a vinte palavras concretas
2 anos: poderá estar usando cerca de duzentas palavras
2 anos e meio: o vocabulário aumenta muito, sendo capaz de se expressar por sentenças simples
3 anos: a criança entende a maior parte daquilo que ouve dos adultos, faz uso de novas palavras e sabe fazer uso da linguagem para conseguir o que deseja
4 anos: já é capaz de pronunciar adequadamente os fonemas de sua língua
A criança fala conforme o seu meio ambiente. Nesse sentido o papel da família e da escola é fundamental.
Desenvolvimento dos Fonemas
• IDADE / FONEMAS:
18 meses: b, m
2 anos: p, t, d, n
2 anos e meio: k, g, nh
3 anos: f, v, s, z
3 anos e meio: x (ch), j (ge - gi)
4 anos: l, lh, r, rr, s e r intermediários
• 5 anos: aquisição completa
Quando encaminhar para atendimento fonoaudiológico:
• Padrão articulatório apresentado pela criança não corresponde à sua idade cronológica;
• A fala apresenta-se ininteligível;
• A criança apresenta pequenas trocas, porém, lhe causam grande incômodo;
O que devemos fazer para ajudar:
• Não imitar o falar “errado” da criança;
• Quando a criança cometer um erro articulatório, dê a ela o padrão correto sem repetir o erro;
• Não exija da criança uma produção além da esperada para sua idade;
• Propicie o desenvolvimento da fala, deixando que a criança expresse oralmente o que deseja;
• Não use palavras no diminutivo, pois, por serem semelhantes, dificultam sua memorização.
O nome verdadeiro do bolo é "Bolo Integral com Linhaça ", mas com esse nome criança nenhuma ia querer provar né ?
Ingredientes
- 200g de margarina
- 2 xícaras de açúcar mascavo
- 2 ovos
- 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo integral
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- 200 ml de leite
- 2 colheres (sopa) "de mãe" de farinha de linhaça, ou, bata as sementes de linhaça no liquidificador.
- 1 colher de aveia em flocos finos.
- 1 colherinha de canela em pó ou canela à gosto.
Modo de Preparo
Bata a margarina com o açúcar até formar um creme. Coloque os ovos, um a um, incorporando-os ao creme. Coloque a farinha, aos poucos, para o creme não perder a leveza. Junte a linhaça, a aveia, a canela em pó e o leite, e bata por 4 min na batedeira ou por 6 min à mão, para que a massa fique homogênea. Junte o fermento e bata mais um pouquinho.
Coloque em uma forma untada e enfarinhada, em forno pré-aquecido a 180º e asse por cerca de 45 minutos.
http://pt.petitchef.com/receitas/bolo-integral-com-linhaca-fid-339423
A Construção da Personalidade da Criança
Creche-Escola Ladybug | segunda-feira, 31 de março de 2014 | Marcadores: creche escola, criança, educação, educação infantil, personalidade
Estamos falando de formas de construção de limites diante de situações mais tensas correspondentes a uma fase em que a criança começa a se opor a vontade dos adultos que representam autoridade, muitas vezes fazendo birras e choros sem motivo aparente.
As perguntas dos pais envolvem as dificuldades de lidar com a situação e as relações que fazem tentando compreender o que acontece, tais como: - Será que aconteceu algo aqui na creche para que meu filho esteja apresentando resistência para entrar? - Será que eu deveria ter amamentado mais tempo? - Será que estou muito tempo ausente? - O que faço quando minha filha não quer me obedecer?
Ao investigar com os pais mais detalhes das queixas iniciais que provocaram o nosso encontro, após algumas perguntas comecei a perceber que a questão era a mesma: “personalismo”, segundo Henry Wallon é a fase em que a criança inicia a descoberta que ela é uma "persona" e passa a testar os limites e possibilidades de até onde pode ir.
É somente no Estágio do Personalismo, que vai dos três aos cinco anos, que a criança realmente se diferencia do outro, que toma consciência de sua autonomia em relação aos demais. Ela percebe as relações e os papéis diferentes dentro do universo familiar, ao mesmo tempo que se percebe como um elemento fixo, como ser o filho mais velho ou o mais novo, ser filho e irmão, assim por diante.
Uma vez tendo descrito algumas características desse período é importante voltarmos ao título inicial desse encontro “A Construção da Personalidade da Criança”. O que podemos chamar de personalidade? Pois, o senso comum trata esse tema como algo fixo, um conjunto de características prontas, que muitas vezes estão associadas a fatores genéticos e hereditários que pertencem ao indivíduo antes de nascer.
Estou tratando personalidade com o foco em algo que se constrói ao longo da vida de um indivíduo. Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição da pessoa. A pessoa é vista como o conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, cujo desenvolvimento se dá na integração de seu aparato orgânico com o meio, predominantemente o social.
É importante pensar a partir dessa ideia que o desenvolvimento humano não é linear, poderá apresentar conflitos e turbulências que refletem a busca por uma constituição singular a partir de uma cultura e de um contexto familiar e escolar especifico.
As formas como as relações sociais irão se estabelecer serão fundamentais para a construção de laços afetivos importantes refletindo maneiras de expressar as emoções. As interações entre adultos e crianças irão refletir a intensidade desses momentos.
O carinho e a compreensão são aspectos fundamentais desse momento, pois poderão refletir as formas que a criança irá aprender a reagir a situações semelhantes de desconforto diante dos conflitos interpessoais. Além de marcar características importantes que constituem as relações entre pais e filhos.
É esperado um maior equilíbrio emocional do adulto, pois deverá ser ele o condutor de soluções mais inteligentes e adequadas que não agridam e prejudiquem o relacionamento.
Sei que este é um momento delicado e que nem sempre estamos com a lucidez necessária. É importante compreendermos que no processo de educar os filhos não existe perfeição, mas ao mesmo tempo é importante ressaltar o comprometimento verdadeiro, pois educar é um processo longo, continuo e constante em que a qualidade dos pequenos momentos, refletirá o desejo do adulto de estar nesse lugar.
Finalizo ressaltando que toda criança se constitui como sujeito a partir do olhar de alguém, seja ele, de amor, compreensão e carinho, ou, raiva, ausência e impaciência. Serão olhares diferentes, que constituirão sujeitos diferentes. A responsabilidade de cada um é grande e muitas vezes, se não for bem conduzida poderá produzir marcas irreversíveis.
Cada momento da vida apresenta necessidades específicas, mas a necessidade de amor e compreensão é de todos os seres humanos ao longo de toda a vida.
REFERÊNCIAS
WALLON, Henri, (1975). Psicologia e Educação da Infância. Lisboa: Estampa.
Adelaide Rezende Psicóloga, Mestra em psicologia e especialista em Saúde Mental e Desenvolvimento Infantil e do Adolescente. Atualmente é professora titular do curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá. Pesquisadora do ILTC desde 2009 (Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência). Psicóloga - Creche Escola Ladybug. Coordenadora do projeto Brinquedoteca: espaço de formação, pesquisa e extensão (UNESA). Coordena Oficinas de Atividades Lúdicas em escolas da rede municipal do RJ (projeto segundo turno cultural - Secretaria de Cultura/ILTC). 3
Projeto "Adeus Fraldinha"!
Entre dois e três anos de idade, um importante e delicado momento acontece na vida dos pais e seus filhos: a hora do desfralde. A retirada das fraldas é um marco importante no desenvolvimento das crianças, que ficam mais independentes dos adultos (e orgulhosas!) em relação aos cuidados com o próprio corpo.
Nessa hora, alguns pais ficam paralisados diante da incerteza sobre o momento mais indicado e quais os passos a serem seguidos para acompanhar o filho no desfralde. Já outros, cheios de ansiedade, tratam de adiantar o processo para provar a si mesmos que a criança superou uma nova etapa de amadurecimento. Mas, os pais devem lembrar que é preciso ter paciência e contar com uma forte aliada para o sucesso do desfralde: a escola.
Na escola essa etapa também gera ansiedade e stress. As educadoras agora tem mais uma tarefa no processo de ajudar as crianças na construção da sua autonomia e independência. É uma fase difícil, pois em geral na mesma turma temos 03 ou 04 crianças desfraldando ao mesmo tempo.
· Orientar pais e educadoras sobre o processo de desfralde,
Aprender a usar o banheiro é um processo composto de diversas etapas, a criança pode levar alguns dias ou alguns meses para aprender. Se você souber esperar o momento certo, o processo será muito mais tranquilo para ambos. É uma conquista dela, não sua.
• Caminha com autonomia e equilíbrio;
• Sobe e desce escadas fazendo uso alternado dos pés;
• Fica com a fralda seca por intervalos cada vez maiores;
• Mostra interesse e desejo em usar o vaso sanitário;
• Incomoda-se com a fralda cheia.
A Importância da Adaptação na Educação Infantil
Creche-Escola Ladybug | terça-feira, 18 de fevereiro de 2014 | Marcadores: adaptação, atividades, bebês, comportamento, Creche, creche escola, educação infantil, Escola, Ladybug, psicologia
- É importante, nos primeiros dias, e até quando se fizer necessário, a presença da mãe, pai ou de alguém de confiança da criança para que ela possa enfrentar o novo ambiente junto de alguém com quem se sinta segura.
Fonte: Adelaide Rezende- Psicóloga da Creche Ladybug
Referencial Curricular Nacional Para Educação infantil
Trechos do livro :Quem ama educa! (formando cidadãos éticos) Içaimtiba