Durante a última semana ouvimos notícias sobre um projeto de lei que proíbe pais ou responsáveis de baterem em seus filhos. Acredito que essa Lei nem deveria existir, pelo simples fato que os pais, são os que mais deveriam proteger seus filhos! Mas sempre é tempo de mudar, vou contar aqui a minha experiência como mãe que não costuma usar castigos físicos como forma de educar!

Não vou negar que apenas uma vez, uma única vez, na minha total inexperiência como mãe, ,a raiva falou mais alto e eu dei um tapinha no bumbum da Bia que me deixou arrasada, ela tinha apenas 2 aninhos, uns 84 cm...e eu praticamente o dobro da sua altura e muitos anos a mais que ela!! Me senti muito mal...ainda ficou a marca dos meus dedos nela e nesse dia depois de me achar a pior das pessoas...a pior mãe do mundo eu prometi que jamais daria um tapa que fosse na minha pequena!!! Ia fazer tudo pra aprender a ser mãe...mas uma mãe que respeitasse e soubesse como agir e como controlar o descontrole!!!!!

Tenho conseguido me manter firme sem perder a paciência e colocando limites! Claro que não é fácil e dá muito mais trabalho ficar conversando, explicando causas e conseqüências e “inventando combinados”! Quando entramos em conflitos de interesses, como por exemplo: a hora de tomar banho, parar a brincadeira ,usar a roupa certa para a ocasião e ela não quer,eu primeiro penso se realmente tem que ser assim ou se podemos resolver de uma maneira que agrade a nós duas....As vezes não compensa brigar simplesmente porque tem que tomar banho agora e pronto,sempre temos um “combinado” e dá certo! Deixando sempre claro que nós, os pais, decidimos no final.

Também já passei por situações de birra dentro de uma loja de brinquedos, tentei conversar e não adiantou! O engraçado (ou o pior...) é que todo mundo ficava olhando e esperando para ver a minha reação....Eu não pensei duas vezes,deixei ela chorando e saí,claro que sempre de olho nela!Foi muito rápido....ela parou de chorar na mesma hora que percebeu que a “platéia” tinha saído!!Essa foi a primeira e a última vez

Hoje tenho certeza que é possível educar sem bater. Dar exemplos é muito mais importante. Mostrar para os nossos filhos o que é certo fazendo o que é certo. Se digo a ela que não é legal bater em um amiguinho, por que eu, a pessoa que diz que a ama mais que tudo nesse mundo se sente no direito de dar uns tapinhas de vez em quando? Muitas das crianças que apanham aprendem a adquirir tudo aquilo que querem através da agressão física e, em muitas vezes, apresentam na escola condutas agressivas para com os coleguinhas!

Quero um mundo melhor no futuro, sem violência e espero fazer pelo menos um pouquinho para colaborar com a sociedade! Bater em criança é covardia! Não bata, eduque!

Melissa Machado, mãe e professora da turma Pré II na Creche Escola Ladybug
Formada em 1994 no antigo Magistério. Graduada em Letras(Português/Inglês), pós graduada em Alfabetização e Letramento.

Foi professora da rede municipal de ensino de Itajubá, MG de 94 a 2007, onde exerceu também função de vice-diretora e diretora escolar.

Criou o
Blog Professora Melissa
onde descreve suas atividades com a turma Pré II da Creche Escola Ladybug
Um dos maiores questionamentos dos pais na fase da educação infantil é como estimular a linguagem, seja oral, leitura ou escrita, de seus filhos.

O primeiro passo é criar um ambiente que seja capaz de despertar o interesse da criança em falar, interagir, participar, trocar, questionar... logo, o diálogo entre pais e filhos é bem-vindo desde cedo.

Os pais ou mediadores podem tomar alguns cuidados na forma de diálogo:

- No caso de crianças menores de dois anos, estimular a fala evitando adivinhar os desejos da criança. Por exemplo: quando a criança apontar para geladeira, você pode perguntar “Você deseja água ou suco?” Em seguida aguardar a resposta da criança. Exige muita paciência e perseverança dos pais ou mediadores mas é vital para o desenvolvimento da criança.

- No caso de crianças até quatro anos é natural a troca de letras como “Quelo blincar.” Neste momento o mediador não deve corrigir a criança, mas falar corretamente as palavras dentro de um contexto, de preferência repetindo inúmeras vezes para possibilitar o aprendizado. “Você quer brincar de que? Quer brincar com seus carrinhos? Eu quero brincar com você.” Nunca repita ou fale de forma incorreta, nem ressalte o erro da criança.

A criança também aprende muito brincando. Brincadeiras são uma oportunidade de crescer, sem cobranças, sem medo, apenas com prazer e criatividade. O canto, a leitura e interpretação de histórias,dramatizações,pintura...tudo isso estimula a linguagem. Para ilustrar melhor, apresento mais dois exemplos de como as brincadeiras agem no aprendizado:

- Telefone sem fio: estimula a atenção,sequência e memória auditiva,além do vocabulário. Contribui muito para a fala.

- Pular amarelinha: estimula o equilíbrio,coordenação motora,noção de espaço, números, a aguardar a vez, o respeito ao próximo, a lidar com regras,integração. Também contribui para a aprendizagem da escrita, pois ao escrever é preciso ter coordenação motora, organização do espaço, noção de antes e depois.
Lembrem-se sempre: o diálogo e o brincar são essenciais para o bom desenvolvimento da criança. Você já brincou com seu filho hoje?

Fga Ana Paula Oluchi Lamego.

Fonoaudióloga,Pós Graduada em Audiologia Clínica pela Unigranrio. Atuou em Projetos para comunidades populares “Grupo deAdolescentes” e “Planejamento Familiar” pela Secretaria Municipal de Saúde do RJ. Entrevistadora do Projeto “Aceitabilidade do condom feminino em contextos diversos”( NEPO/UNICAMP/DST AIDS). Publicou artigo em 2002 pela Secretaria Municipal de Saúde/RJ. “Aimportância das atividades educativas e preventivas nas unidades de saúde”.
Atua na área da fonoaudiologia há 14 anos,em hospitais,clínicas,escolas e na Creche Escola Ladybug.
Email: oluchipaula@hotmail.com
“Eu queria ser a melhor mãe do mundo e ao mesmo tempo eu a estava estragando”.

Encontrei o vídeo abaixo do programa Espaço Aberto Saúde da Globo News sobre a superproteção exercida por algumas mães e os malefícios que isto pode causar em relação a saúde física e desenvolvimento emocional da criança.

Médicos fizeram um alerta na reportagem: crianças que vivem em ambientes sempre muito
limpos estão mais propensas a alergias e outras doenças. O pediatra Dr Jorge Huberman disse: “está comprovado que o contato com um pouco de sujeira aumenta a imunidade da criança”.

Me sensibilizou muito o depoimento de uma das mães. Ela sempre manteve tudo muito limpo e organizado, incluindo a filha. Não a deixava se sujar, trocava toda hora de roupa e vivia com um paninho a postos para limpar qualquer sujeira. Aos 3 anos a menina não conseguia evacuar. Após uma conversa com uma amiga psicóloga e o acompanhamento de um profissional da área descobriu ser consequência do excesso de limpeza e controle. Além disso a filha já apresentava atraso no desenvolvimento emocional.

Segundo a psicóloga Zilda Derrico de Castro, a criança evita evacuar não apenas para não ter contato com as fezes, mas para agradar a mãe, que não gostava de “sujeira” e para mostrar aos pais que também pode ter controle. O excesso de limpeza e controle também impede a boa interação com outras crianças afetando a sociabilidade. A criança passa a ter nojo das demais crianças por estarem sujas das brincadeiras.

Para a melhora da filha, a mudança foi necessária não apenas na vida da criança, foi preciso a mãe mudar. A mãe não poderia apenas falar , mas demonstrar aprovação aos novos hábitos, aprova-los também internamente.

Muitas vezes, os pais criam verdadeiras “redomas” para seus filhos, por desconhecer que crianças superprotegidas podem tornar-se adultos frágeis, inseguros e incapazes de lidar com as frustrações da vida.

A reportagem fecha com a mesma mãe quase desabafando “se eu tiver outro filho, vou colocar naquela escola onde a criança vem toda suja”. Brincar, ter contato com a natureza, mexer na terra da horta realmente gera sujeira, mas é brincando que a criança experimenta o mundo, e isso é essencial para o seu crescimento. No final, um bom banho resolve tudo . ;-)

É importante ressaltar: não estamos fazendo apologia a “sujeira”, mas sim ao direito da criança de brincar e de desenvolver sua autonomia. Relaxem e assistam!

Andrea Vieira
Diretora da Creche Ladybug


Dia 05 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Infelizmente não tivemos tempo de preparar um post sobre o assunto mas como outro dia nos questionaram se possuimos um projeto de educação ambiental achamos o assunto pertinente para o momento.

Possuimos um projeto? Não. Digo isto porque não temos um projeto específico mas a educação ambiental é aplicada no dia a dia da escola em inúmeras situações.


Horta

Hoje a utilização de nossa horta na escola está inserida no projeto de educação alimentar, mas claro que o cuidar da horta envolve o aprendizado de cuidado com a natureza. Neste ano, já temos mudas prontas de alface, preparadas pela turma do Maternal I e algumas sementes, que esperam o tempo firmar para serem plantadas. Além do que, foi preparado anteriormente e está disponível na horta, manjericão, salsão, hortelã, alecrim, orégano, cebolinha, salsinha, alfavaca e cenoura. As turmas se alternam para regar a horta atual e em breve participarão do novo plantio.

O carinho delas pela horta e seu encanto no momento da colheita são fantásticos.


Reciclagem

Temos recipientes para guardar o material reciclável: embalagens plásticas (potes de sorvete, iogurte, garrafas PET), caixas de leite e de suco, caixas de papelão, rolinhos de papel higiênico, jornal, (guardamos e reaproveitamos sobras de papéis, EVA, TNT), etc...

As professoras, com frequência, inserem nos seus planejamentos atividades envolvendo as sucatas, por ex. colagem, recorte , pesquisa em jornais, enfeites para eventos da escola, etc. As crianças criam artes e brinquedos de material reciclado desenvolvendo a criatividade, brincadeiras e aprendem o valor da transformação.

A Turma do Maternal I, por exemplo, fez belos cavalos de pau com garrafas pet, cano de pvc e sobras de EVA para sua apresentação na festa junina. O sucesso entre os pequenos e as demais turmas foi enorme.


Educação na pequenas ações

Educação ambiental envolve muito nossas ações do dia a dia. Ajudamos a criança a aprender e compreender que pequenas ações fazem a diferença. Alguns exemplos:

- na hora de escovar os dentes, tomar banho e lavar as mãos, ensinamos a não deixar a torneira aberta, porque isso gasta muita água e ela é muito importante para a nossa sobrevivência.

- na hora do lanche, ensinamos que o lixo deve ser jogado no lixo, pois se jogar no chão suja a rua, entope os ralos e quando chove pode provocar uma enchente....

Aproveitamos estes momentos como oportunidade de ensino.


Espaço da escola

Nos esforçamos e investimos para manter nosso espaço verde. Digo nos esforçamos, pois requer cuidado constante e investimento de replantio todos os anos, principalmente da grama. Este esforço não é em vão. Acreditamos que nada melhor do que o convívio com a natureza para ensinar as crianças a aprecia-la e respeita-la.



Melhorando sempre

Este semestre os alunos do horário integral e parcial abandonaram os sacos plásticos de roupa suja e as substituiram pela sacola da foto. Protege o meio ambiente, pode ser lavada e sempre reutilizada.

Para motivar seu uso atuamos em parceria completa: escola e pais envolvidos neste projeto.


#Teaser! Em breve presentearemos os pais com um belo item para ampliar nossa ação ecológica. Aguardem!


Conclusão

Repetindo: Não temos um projeto específico de meio ambiente porque o tema vai muito além de um simples projeto. A educação e respeito ao meio ambiente é aplicada naturalmente, no dia a dia da escola. Esperamos que esta seja nossa colaboração, seria gratificante ver isto ultrapassando os muros da escola ;-)